29 de ago. de 2011
7 de ago. de 2011
Todos os dias sempre o mesmo.
Mesmas pessoas. Mesmos gestos. Mesmas noites vazias. Mesmas saídas. Mesmas frustrações. Mesmos medos. Cansada de tentar mudar. Cansada de todas as tentativas. Cansada do hoje, do amanhã. Cansada da vida e do que isso tudo trazia...
Cansada, cansada, extasiada mentalmente e profundamente doída.
Mãe, me interna, porque eu tô infeliz pra caralho - quis dizer.
Mesmas pessoas. Mesmos gestos. Mesmas noites vazias. Mesmas saídas. Mesmas frustrações. Mesmos medos. Cansada de tentar mudar. Cansada de todas as tentativas. Cansada do hoje, do amanhã. Cansada da vida e do que isso tudo trazia...
Cansada, cansada, extasiada mentalmente e profundamente doída.
Mãe, me interna, porque eu tô infeliz pra caralho - quis dizer.
3 de ago. de 2011
Sobre tentativas
"É tempo de me fazer, eu sei. E sei que é bom ser ainda indefinido. Pelo menos as deformações não calaram fundo, não se afirmaram em feições. É bom, sim, mas ao mesmo tempo é terrível. Porque me vem o medo de estar agindo errado, de estar gerando feições horríveis, que mais tarde sairão com facilidade. Não, não é fácil ser a gente mesmo da cabeça aos pés, da unha do dedo mindinho até o último fio de cabelo. "
Dos últimos dias, garantiu algumas certezas. Aqueles velhos sonhos mágicos, aquilo em que acreditava, aquilo distante.. não passavam de incertezas malditas, olhares perdidos e sentimentos vazios. Dos últimos dias, soube que muito daquilo não passava de tentativas, tristes, despertas e fugazes. Tentativas erradas, tentativas frustradas.
Dos últimos dias, aprendeu que o que realmente importa é o que fica, o que é substancial ao dia e aos gestos. Dos últimos dias, aprendeu que as verdadeiras pessoas são aquelas que são claras e simples. Nunca havia pensado nisso, mas a simplicidade, essa tão almejada, tão perdida, tão amada, muitas vezes é mascarada. As velhas questões, os velhos problemas, o mesmo ciclo vicioso: relacionamentos problemáticos e estranhos.
E ela, que havia sempre se interessado por esse tipo de gente "os estranhos e problemáticos", entendeu que, na verdade, o que precisava era um pouco de paz. Um descanso da loucura... das vozes que gritam, das palavras que machucam, dos jogos de amor. Isso já não valia a pena, afinal, era tempo de se fazer, ela sabia disso... só não sabia se estava agindo corretamente.
"Que seja calmo. Que seja doce, que seja claro. Chega dessas situações inúteis e vazias. Prefiro livros problemáticos a pessoas problemáticas..." Dizia ela, pensando que talvez, depois de tudo, tenha aprendido que a vida é muito mais do que uma sucessão de amores platônicos, não correspondidos, dolorosos.. que a vida é mais do que uma música do Belle & Sebastian ou do Jeff Buckley.
Já não chorava, já não gritava, já não entendia. Por dentro, só vazio e som. Por dentro, só indefinição. Mas, era muito melhor do que se doer por mais uma pessoa que não se preocupava e nem respeitava seus sentimentos. Agora podia voar...
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