15 de mar. de 2011

E decidiu...

E decidiu: vou voltar a escrever...como se não fosse tarde, como se não fosse hoje, como se não fosse amanhã. 
Que todo esse fogo, todo esse grito e toda essa resistência sejam um pouco mais vivos do que o cotidiano consumido, estragado. Que todas essas palavras entre nós e linhas sejam mais vermelhas e sangrentas do que essas ruas sujas.

Então, ela decidiu: por que não agora? Por que não hoje? Vou voltar a escrever para me sentir mais viva e mais consciente de todas essas cotidianidades. Vou voltar a escrever para não me perder dentre os espaços das horas e dos minutos e dos segundos. Vou voltar a escrever para dividir minha dor com alguém. Vou voltar a escrever para não dividir minha dor com alguém. Vou voltar a escrever para sangrar até a última gota, para dizer que estou mais viva agora depois que te conheci. 

Vou voltar a escrever para contar a nossa história ou para contar a minha história. Vou voltar a escrever porque foi a escrita que criou o nosso encontro, que flagrou o nosso desejo e perpetuou o nosso amor. Vou voltar a escrever para contar mais mentiras e subvertê-las em verdades, já que...

as minhas verdades me bastam, mesmo que sejam mentiras. (c. f)



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